
Woodstock Music & Art Fair (conhecido informalmente como Woodstock ou Festival de Woodstock) foi um festival de música realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música", o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Woodstock, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância. O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular. O Festival de Woodstock surgiu dos esforços de Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld. Roberts e
Rosenman, que entrariam com as finanças, colocaram um anúncio sob
o nome de Challenge International, Ltd., no New York
Times e no Wall Street Journal ("Jovens com
capital ilimitado buscam oportunidades de investimento legítimas e
interessantes e propostas de negócios"). Lang e Kornfeld
responderam o anúncio, e os quatro reuniram-se inicialmente para discutir a
criação de um estúdio de gravação em Woodstock, mas a
ideia evoluiu para um festival de música e artes ao ar livre. Mesmo
considerado um investimento arriscado, o projeto foi montado tendo em vista
retorno financeiro. Os ingressos passaram a ser vendidos em lojas de disco e
na área metropolitana de Nova York, ou via correio através
de uma caixa postal. Custavam 18 dólares
(aproximadamente 75 dólares em valores atuais), ou 24 dólares se adquiridos no
dia. Aproximadamente 186.000 ingressos foram vendidos
antecipadamente, e os organizadores estimaram um público de aproximadamente
200.000 pessoas. Não foi isso que aconteceu, no entanto. Mais de
500.000 pessoas compareceram, derrubando cercas e tornando o
festival um evento gratuito. Este influxo repentino provocou congestionamentos imensos,
bloqueando a Via Expressa do Estado de Nova York e eventualmente transformando
Bethel em uma "área de calamidade pública". As instalações do
festival não foram equipadas para providenciar saneamento ou primeiros-socorros
para tal multidão, e centenas de pessoas se viram tendo que lutar contra mau
tempo, racionamento de comida e condições mínimas de higiene. Embora o festival
tenha sido reconhecidamente pacífico, dado o número de pessoas e as condições
envolvidas, houve duas fatalidades registradas: a primeira resultado de uma
provável overdose de heroína, e a outra após um atropelamento de trator. Houve
também dois partos registrados
(um dentro de um carro preso
no congestionamento e outro em um helicóptero),
e quatro abortos.
Ainda assim, em sintonia com as esperanças idealísticas dos anos 60, Woodstock
satisfez a maioria das pessoas que compareceram. Mesmo contando com uma
qualidade musical excepcional, o destaque do festival foi mesmo o retrato
comportamental exibido pela harmonia social e a atitude de seu imenso público.
Uma curiosidade: O Brasil também tentou emular a aura hippie. Em 1971, na cidade de Guarapari, foi realizado o "Festival de Verão de Guarapari", que, devido a falta de verbas dos organizadores foi um fracasso retumbante. Já em janeiro de 1975, na Fazenda Santa Virgínia, em Iacanga, interior de São Paulo, aconteceu o primeiro "Festival de Águas Claras", também anunciado como o pretenso "Woodstock brasileiro".